O material a seguir foi publicado nos jornais Correio do Povo, Diário de Notícias, Última Hora e Zero Hora, todos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Ele se constitui em instantâneos de momentos vividos por mim, durante um significativo período de tempo em que viajei à África. Considerando o número pouco expressivo de jornalistas negros, menor ainda dos que participaram da chamada aproximação entre África e Brasil – torna-se relevante deixar nas páginas de acesso público da Internet meu depoimento, absolutamente peculiar.
Foram instantes em que ainda estavam vívidos os efeitos libertários de Kwame Nkrumah, de Gana; o exemplo conciliador e lúcido de Leopold Senghor, do Senegal, a força de Jomo Kenyatha, do Quênia. Havia, aqui, a determinação do chanceler Gibson Barbosa, de fazer o Itamaraty voltar sua face de frente para o Continente origem da maioria de nossa população.
Haverá, no registro, aqui e ali, a curiosidade do jornalista – sua busca por informar os leitores. Mas deve ser enfatizado, sobremodo, num dado momento histórico, a abertura das páginas do mais importante jornal do Estado para uma visão diferente daquilo que majoritariamente divulgava.
Não reclamo à falta de uma edição impressa, um livro, deste material. Sequer foi tentada. Satisfaz-me a certeza de que, em tempos como os da atualidade, fantasticamente maior será o acesso às idéias a seguir contidas, do que se comercialmente vendidas.
Espero, a seguir, no que se chamará Projeto Cultural Dacosta, disponibilizar um considerável material de interesse cultural. Assim como serão tornadas acessíveis traduções de autores africanos, também versões de obras de domínio público universal, de autores negros norte-americanos.
Aluno de escola técnica de comércio, na minha querida ACM – Associação Cristã de Moços – aprendi a gostar da língua inglesa, com um bom velhinho, professor Milius. Uma das coisas que o mestre ensinou, desde logo, foi como escrever uma carta currículo, em busca de um emprego. Ministrou: “Ponha acima, em epígrafe:To whom it may concern”. Ou, a quem possa interessar.
Não estou mais à procura de emprego. Todavia, a frase é evocativa e precisa, agora, quando apresenta velhas matérias de jornal, na moderna e sem fronteiras Internet.
Aí está meu trabalho
A quem possa interessar.
José Luiz Pereira da Costa
Porto Alegre, Brasil, em 2004
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